terça-feira, 7 de setembro de 2010

Ana e o Mar.

Era um dia ensolarado e quente quando Ana acordou. Ela morava em uma aldeia no interior, muito longe do litoral, onde sempre fazia frio. Nunca foi a praia, nem ao menos tinha escutado falar de tal beleza da natureza. Porém, além do sol ter aparecido, algo diferente aconteceu nesse dia.
Paulo, seu pai, chegou a casa com a notícia de que eles iriam se mudar para o litoral. Para Ana, não fazia diferença alguma, era filha única e fora criada somente pelo pai, o qual viajava muito. Não tinha nenhuma amiga na aldeia e nunca teve a presença materna, pois sua mãe havia falecido logo após dar a luz.
Chegando a nova cidade, Ana avistou uma colina bastante alta e íngreme. Sua curiosidade de saber o que se veria lá de cima, fez com que a garota subisse correndo, sem cansar.
Ao chegar ao topo, viu, pela primeira vez, o Mar. Nunca tinha visto algo tão belo, tão encantador e ao mesmo tempo tão misterioso. Apaixonou-se imediatamente, e essa louca paixão, fazia com que ela subisse a colina todos os dias para admirá-lo. Era uma paixão recíproca, porém platônica, pois não havia um modo deles ficarem juntos.
O Mar nunca tinha visto olhos tão azuis como os de Ana. Era um azul tranqüilizante, que transmitia paz e conforto, onde ele se perdia todos os dias.
Eles tinham uma conectividade tão grande, que o humor de Ana se refletia no Mar. Se ela estivesse com raiva, o Mar ficava agitado. Se ela estava calma, as ondas cessavam e tudo se tranqüilizava.
Em um dia comum, como os outros, Ana estava no alto da colina admirando-o. Porém, nesse dia, sua paixão falou mais alto, e diante da sua solidão, a garota atirou-se lá do alto com a intenção de unificar-se ao seu amado. Caiu em cima das pedras, e foi levada por ele.
Dizem os moradores do litoral que foi a partir desse dia que o Mar ficou azul, e era o azul dos olhos de Ana. Dizem, também, que anos após a morte de sua filha, Paulo estava caminhando pela praia, e encontrou, boiando no mar, uma cesta. Nela havia uma garotinha recém-nascida, e um papel escrito: ‘Esta é nossa filha, Mariana’.


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Texto feito para uma disciplina da faculdade.
obs: desfecho péssimo! ;]

3 comentários:

  1. ana e o mar, mar e anaa.. histórias que nos contam na cama, antes da gente dormir..

    boa inspiração! ;D

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  2. huum também fui apresentada a essa bela historia esse semestre na fa7 :D gostei da mariana no final hehe ;*

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